Copa do Mundo Feminina de futebol tem expulsão de nigeriana lésbica

Esta semana, o New York Times publicou uma reportagem sobre a caça-às-bruxas das Federação de Futebol da Nigéria, que está expulsando mulheres de sua seleção nacional “não porque são jogadoras ruins, mas porque são lésbicas”.

Para muitas meninas no mundo inteiro, jogar na Copa do Mundo Feminina é um sonho. Você imagina ser chutada de seu time por causa de quem ama?

Neste domingo, a Nigéria entra em campo no jogo de abertura do evento. Você pode assinar esta petição para dizer à FIFA, a organização que governa o futebol mundial, que é hora de dar um cartão vermelho à treinadora da Nigéria e para condenar publicamente esta discriminação sistemática? Diga a eles que a homofobia não pode existir na liga. Nós entregaremos seus comentários para a FIFA na próxima semana, durante os jogos.


A treinadora da seleção feminina de futebol da Nigéria, Eucharia Uche, liderou uma caça-às-bruxas no time contra as suspeitas de “lesbianismo”. (NYT).

Isto não devia ser um problema para a FIFA, que tem uma história longa de luta contra a discriminação em todo o mundo. Em 1961, a FIFA tirou a África do Sul da Copa do Mundo por causa do sistema racista do apartheid, readmitindo o time apenas em 1991, com a libertação de Nelson Mandela. Em 2001, a FIFA aprovou a Resolução de Buenos Aires contra o racismo, seguida da ambiciosa campanha “Say No to Racism”, em resposta ao problema dos gritos racistas de fãs contra jogadores no mundo inteiro. No ano passado, o presidente da FIFA, depois de muita pressão internacional, pediu desculpas por uma declaração ofensiva contra a comunidade LGBT, dizendo “não foi minha intenção, e nunca será, de fazer qualquer tipo de discriminação… isto é exatamente o que nós somos contra.”

Agora, com pessoas LGBT no mundo inteiro ganhando visibilidade e participando de maneira mais efetiva da vida comunitária, inclusive dos esportes, eles são frequentemente vítimas de discriminação e violência. Isto é especialmente comum na África, onde movimentos evangélicos de extrema direita têm separado e demonizado a comunidade LGBT. Um dos casos recentes mais conhecidos foi o de Eudy Simelane, uma querida jogadora da África do Sul que foi estuprada, agredida, esfaqueada e deixada sozinha, para morrer, em um local perto de sua casa, no ano passado.

É por este motivo que na Nigéria, onde lésbicas às vezes vivem no ostracismo ou são sujeitas a agressões, a treinadora da seleção nacional feminina está brincando um jogo muito perigoso com sua caça-às-bruxas homofóbica. Mas existe algo que a gente pode fazer. Na luta contra a intolerância e a discriminação, a FIFA tem muita autoridade moral, e eles podem usar este autoridade para tomar uma posição firme contra a discriminação. Com o início da Copa do Mundo Feminina de Futebol neste domingo, você pode perder um momento para pedir ao presidente da FIFA, Joseph Blatter, que condene publicamente a campanha anti-gay da Nigéria e deixe claro que a homofobia não tem lugar no futebol?

FONTES:

1. No Futebol Feminino da África, Homofobia Ainda É Um Obstáculo, New York Times, 23 de junho de 2011 (Inglés)
www.nytimes.com/2011/06/23/sports/soccer/in-african-womens-soccer-homophobia-remains-an-obstacle.html

2. Nada de lesbianismo nos Super Falcons – Treinadora Uche, Sun News Online, 16 de março de 2011 (Inglés)
www.sunnewsonline.com/webpages/sports/2011/mar/16/sports-16-03-2011-001.htm

3. FIFA contra o racismo: uma década de conquistas (Inglés)
www.fifa.com/aboutfifa/socialresponsibility/news/newsid=1384919/index.html

4. Líder da FIFA pede desculpas por comentário sobre sexo gay (Inglés)
www.abcnews.go.com/Sports/wireStory?id=12421674

5. Futebol na luta contra violência sexual e homofobia,. The Guardian, 19 de junho de 2010 (Inglés)
www.guardian.co.uk/commentisfree/2010/jun/19/eudy-simelane-womens-football-south-africa
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