Em algumas partes do nosso País, como em alguns lugares do mundo, existe uma cultura de depilarmos a área genital feminina, no sentido de manter uma melhor higiene local e evitar a disseminação de algum tipo de parasita quando da relação sexual.
Esteticamente falando, cada qual deixa esta área do corpo como quiser. Mas, do ponto de vista médico, o fato de depilarmos a região perivaginal nas mulheres, pode trazer vários problemas.
Os problemas mais comuns são o surgimento de pelos encravados, e microlesões causadas pelas laminas do barbeador que podem ser porta de entrada de bactérias ou vírus.
É importante lembrar que, na nossa pele, muitas bactérias vivem em simbiose (calma, isso é bom!) conosco, classificados como hospedeiros. Qualquer alteração da imunidade da região genital serve para desequilibrar esta relação de convivência pacífica. As lesões causadas pela depilação por cera ou por barbeadores laminados rompem este equilíbrio local, e cada microlesão acaba servindo para perpetuar infecções da pele ou da base de cada pêlo.
Mas será que existe real necessidade desta depilação? Em algumas situações onde existe baixo nível higiênico esta prática tem por fim evitar a contaminação dos pêlos destas áreas genitais por piolhos do tipo comumente chamado de chato. Esses parasitas provocam coceiras, feridas na base dos pelos com pontos de sangramento visíveis nas vestes intimas, que traduzem as lesões causadas pela infestação. Dessa forma a depilação poderia ser uma forma de prevenção, mas de uma maneira geral, não existe nenhuma outra situação que justifique a depilação total.
Pequenas áreas podem ser depiladas para promover uma melhor higienização da região vaginal principalmente na época menstrual, nas mulheres.
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